Raging Loop (PlayStation 4)

Raging Loop (PlayStation 4)

Desenvolvedor: KEMCO, dwango
Distribuidora: PQube Limited
Lançamento: 22/Out/2019
PSN: https://store.playstation.com/pt-br/product/UP4293-CUSA15885_00-KEMCOREIJINGLUP4

Tem troféus? Sim.

Outras plataformas: Nintendo Switch e PC.

Haruaki Fujaishi está viajando com sua moto, até que se acidenta e sem muitas escolhas acomoda-se temporariamente em um vilarejo chamado Yasumizu.
No entanto, uma densa névoa se aproxima impedindo que qualquer pessoa saia desse local… mas essa névoa não é uma simples névoa e sim uma espécie de maldição que obriga as pessoas que vivem nesse local a caçar lobos.
Até aí nada de estranho nem de assustador, certo? Errado. Os lobos são as pessoas do vilarejo.

A maldição é uma espécie de jogo do detetive. Cada pessoa pode receber um animal guardião ou ser o lobo.
Os guardiões podem usar o seu poder toda noite, mas somente para uma pessoa.
A cobra tem o poder de descobrir se a pessoa é humano, guardião ou lobo. A aranha protege alguém de ser morto. Há dois macacos e sua habilidade é apenas um reconhecer o outro (parece inútil, mas se revelados, são dois suspeitos a menos). O corvo consegue identificar se a pessoa morta era um lobo ou não. E por último, o lobo (que podem ser até três pessoas), que devem assassinar uma pessoa por noite, até o “jogo” acabar.

Os residentes reúnem-se em um banquete e nele decidem quem irá ser enforcado (na tentativa de eliminar os lobos).
De noite, todos ficam isolados em sua casa e o lobo escolhe uma pessoa para matar.
Assim é o processo, até que os humanos ou os lobos vençam. E ninguém pode tentar fugir ou infringir as regas, caso contrário será consumido pelo o que chamam de corrupção e morrem em pouco tempo.

O plot do jogo não é apenas ajudar as pessoas a vencerem os lobos, mas investigar sobre esses fenômenos sobrenaturais e tentar livrar a pequena aldeia dessa sinistra maldição.
Haruaki tem uma habilidade… ele não morre. Toda vez que ele se encontra com a morte, ele retorna para o ponto inicial da história, e essa sua estranha habilidade será usada para ajudar o vilarejo de Yasumizu.

Considerações finais – Analisando o jogo como um todo

Gráficos: 10/10.
Ilustrações muito bem feitas, gostei pra caramba da composição dos personagens e de como mantiveram o mesmo estilo de arte para os cenários.

UI e HUD: 9/10.
A UI e HUD são bem fáceis de entender. O jogo possui uma espécie de linha do tempo, para acompanhar com mais precisão a história e suas escolhas. Aliás, você pode selecionar qualquer um desses trechos, para começar o jogo daquele ponto (desde que ele já esteja liberado, claro).
Só achei meio inútil haver tantos slots de save, uma vez que você tem a liberdade de escolher qual momento do jogo quer começar ou voltar.

Trilha Sonora e sons: 9/10.
Músicas muito bem ambientadas para cada situação do jogo, enfatizando bem as emoções de cada personagem.
Há inúmeros diálogos com voz, trazendo ao jogador mais imersão durante o gameplay.

A única coisa que me incomodou foi que quando joguei de headphone, havia uma música que me pareceu mal equalizada, tendo um corte de volume meio abrupto em um dos instrumentos. Não foi algo que estragou minha experiência, mas achei ruim. Mas fique tranquilo, se for jogar usando o som da televisão, isso é imperceptível.

Jogabilidade: 10/10.
Eu achei a história do jogo sensacional e desde o começo fiquei muito curiosa para saber o que estava por trás de tudo.
Desde de o porquê a maldição existir até o motivo dos loops do Haruaki acontecerem.

O jogo possui trinta e um finais (!!!), mas apenas cinco são finais reais. Os demais são apenas bad endings com morte do protagonista.
O fluxo do jogo é extremamente fluído e a cada morte você já quer recomeçar e fazer tudo diferente para resolver logo tudo. Existem finais que ao serem feitos, liberam uma chave e essa chave será necessária para conseguir escolher determinadas ações e seguir outras rotas.

Uma vez que você faz o final verdadeiro, uma nova opção de jogo fica disponível. Nela você consegue ver as linhas de pensamento de cada personagem e as explicações do motivo daquilo estar acontecendo. Achei esse método sensacional, pois trouxe total embasamento a história. Me provou que houve um estudo aprofundado no roteiro, sem deixar nenhuma ponta solta.

Se você gosta quando a quarta parede é quebrada, então vai adorar Raging Loop, pois isso acontece com bastante frequência. Isso me trouxe mais envolvimento com o jogo, uma imersão bem mais profunda do que de muitas outras visual novels que joguei.

Não gostei da linearidade da ordem de suas escolhas. Todas seguem um padrão e sempre a última é a escolha que vai ter guiar para mais longe. Isso tornou minhas ações meio previsíveis e me deu uma brochada, pois de certa forma eu sabia quais respostas me conduziriam a morte.

Gostei do final verdadeiro e das explicações de tudo. Ao meu ver, acho que há algumas críticas sutis sobre o comportamento humano e isso acaba nos fazendo refletir um pouco sobre a vida.

Fator replay: 10/10.
Você vai querer fazer todos os finais, acredite.
Primeiro porque não vai precisar começar a história do começo (como falei anteriormente, você pode selecionar o trecho que quer começar), segundo porque você vai querer saber o que aconteceria se você fizesse tudo de outra forma. E por último, porque os troféus são vinculados com os finais.

Ao fazer o final verdadeiro, você ainda vai poder jogar cinco contos fora da história principal.
Raging Loop é uma visual novel extremamente rica em conteúdo, tudo foi muito bem feito e estruturado, dá gosto de jogar e apreciar!

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