Spirit Hunter: NG (PlayStation 4)

Spirit Hunter: NG (PlayStation 4)

Desenvolvedor: EXPERIENCE
Distribuidora: Aksys Games
Lançamento: 10/Out/2019
PSN: https://store.playstation.com/pt-br/product/UP1024-CUSA16008_00-SPIRITHUNTERNGUS

Tem troféus? Sim.

Outras plataformas: PC e PS Vita.

Akira Kijima estava voltando para casa, quando encontra um bilhete em frente a porta de seu apartamento. O bilhete era o prelúdio de um sequestro seguido de uma maldição. Por trás de tudo, um espírito que cria “jogos” envolvendo almas penadas para entreter-se com Akira. Se Akira não resolver o mistério por trás dessas almas, pagará com a vida.

Spirit Hunter: NG é uma visual novel de terror psicológico que além de possuir histórias perturbadoras envolvendo o sobrenatural, mescla a jogabilidade de point and click, trazendo imersão e uma ótima atmosfera de investigação e suspense.

  • Spirit Hunter NG Gameplay 01

Considerações finais – Analisando o jogo como um todo

Gráficos: 8/10.
A arte do jogo é muito bonita! Um estilo mangá com pé no realismo, com uma aura predominantemente obscura.
Outro ponto positivo foram as cenas com gore (sim, esteja preparado para isso), que causam choque e surpresa (algumas vezes, até mesmo medo) nos momentos certos.

Os cenários foram bem feitos também, bem detalhados e combinando com o traço dos protagonistas.

Apenas duas coisas me incomodaram… a primeira delas foi o modo que fizeram o cabelo da Kaoru. Acho que poderiam ter detalhado um pouco mais, desenhando fio por fio. Ia combinar mais com o estilo da arte, pois olhar o cabelo dela me traz a sensação de algo incompleto ou simplista demais pra todos os outros detalhes das demais ilustrações.
A segunda coisa que eu realmente não gostei foi o modo que os espíritos foram feitos. Parecem um amontoado de pedaços de desenhos, que foram colados uns sobre os outros. Me soou meio preguiçoso e visualmente não são fáceis de entender.

UI e HUD: 9/10.
A leitura da UI é bem clara, tornando o acesso aos menus bem intuitivo. A estética dela está maravilhosa, um estilo super descontraído (que lembra muito o de Persona 5, inclusive) que combinou bem com a história, pois dá uma quebrada na morbidez constante do jogo.

O único defeito da UI é que ao salvar, a thumbnail não é atualizada. É sempre a mesma imagem, o que torna o acesso ao save não tão prático, pois ao invés do jogador fazer o reconhecimento pela cena da thumbnail, ele deverá ler o título (e provavelmente fazer uma forcinha com a memória se quiser carregar alguma coisa mais antiga hahaha).

Trilha Sonora e sons: 10/10.
Ótimas músicas para cada momento do jogo.
Um jazz sedutor e relaxante para os momentos de diálogos e músicas mais sombrias para os momentos de investigação (principalmente no penúltimo caso, a música de natal me deixou totalmente apreensiva e com medo).

Os efeitos sonoros ficaram bons e durante o gameplay foram encaixados nos momentos certos.

Jogabilidade: 8/10.
Há três ações principais na jogabilidade: leitura de textos e diálogos, caminhar pelo cenário e utilizar uma lanterna para procurar itens.
A leitura dos textos e diálogos possui poucos momentos de decisão, sendo a maioria deles apenas para escolher a sua reação (muito descontente, descontente, neutro, feliz e muito feliz) após alguém lhe dizer algo. Essas reações não mudam nada no andamento da história, mudam apenas o diálogo que será dito pelo personagem que está conversando com você. As escolhas envolvendo ações ou frases estão mais presentes na interação com os espíritos.
Durante a investigação é possível caminhar pelo cenário. Na parte superior esquerda da tela é exibido um mini mapa que orienta o jogador sobre os lados que ele pode caminhar. Ao caminhar por esses locais, você utiliza a lanterna para selecionar objetos que você quer interagir, exatamente igual a um jogo de point and click.

É possível pegar itens e será necessário usar a maioria deles em momentos específicos do jogo.
Os puzzles não são muito intuitivos e muitas vezes você contará apenas com a tentativa e erro para solucioná-los. Também não é possível consultar o histórico de todas as conversas, pois ao invés do jogo exibir todos os diálogos que já ocorreram, ele exibe apenas os últimos. Se você precisar consultar alguma coisa que foi dita uma única vez no passado, vai ficar chupando dedo.
Um grande erro de game design ao meu ver, pois limita o raciocínio do jogador para resolver os puzzles.

A história de alguns espíritos do jogo é bem perturbadora e me deixaram com um certo mal estar. Mas é bom ressaltar que isso ocorreu pois a minha imersão é muito intensa. Não garanto o mesmo sentimento para outros jogadores, tudo vai depender do quão profundamente eles se envolvem na trama.

Eu me surpreendi muito com a ambientação do jogo. É possível ativar e desativar os scare jumps, eu os deixei ativados pois pensei “é só uma visual novel, nem vai assustar tanto assim”, mas me enganei bonito! hahaha Me assustei várias vezes e em muitas partes ficava muito tensa, com medo de aparecer alguma cena gore ou scare jump do nada.
Achei esse jogo bem envolvente nesse aspecto.

O jogo possui 3 finais: ruim, neutro e bom. O primeiro que eu fiz foi o neutro.

Fator replay: 3/10.
A não ser que você tenha gostado muito do jogo, não acho que queira viver a história toda novamente logo de cara.
É possível pegar a grande maioria dos trofeus na primeira run. Ao encontrar um espírito, é possível purificá-lo ou eliminá-lo. Você pode fazer ambos, basta ter um save antes de iniciar seu encontro com ele.
Se você administrar cautelosamente os momentos que salva, poderá começar o jogo com novas escolhas a partir de um progresso já feito, agilizando o processo de ver os outros finais e platinar o jogo.

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