Informações Técnicas
Desenvolvedor: Rimatoad
Distribuidora: Rimatoad
Lançamento: 3/Dez/2021
Steam: https://store.steampowered.com/app/1822190/Momotype/
Tem conquistas? Sim.
Tem cartas? Não.
Momotype é uma curta visual novel sobre um experimento no qual você foi selecionado para participar.
Criaturas chamadas monotypes são como bichinhos virtuais e seu objetivo é cuidar de um até seu último dia.
Considerações finais – Analisando a obra como um todo
Gráficos
Arte feita em pixel art, bem simples. Apenas três cores foram utilizadas nas ilustrações: marrom, amarelo e um tom de bege bem clarinho.
Não entendi ao certo o porquê essas cores foram escolhidas.
Não existe nenhum tipo de animação, tudo é estático e as cenas vão mudando conforme o diálogo. Isso não fez diferença, pois o foco do jogo está na narrativa.
Apesar da simplicidade, achei que os elementos em cada cena foram bem escolhidos. Por não haver muitas opções de cores, compor as imagens acaba sendo uma tarefa difícil pois o excesso de detalhes (e que muitas vezes nem chega a ser um excesso) deixa a leitura da imagem poluída, difícil de entender o que foi desenhado.
Há equilíbrio entre cenário, protagonista (Momo) e ângulos.
De certa forma, achei essa estética similar a de milk inside a bag of milk inside a bag of milk.
UI e HUD
A interface acompanha a estética do jogo, foi utilizada uma fonte
pixalizada (o que já demonstra que houve um mínimo de bom senso na hora de conceber o visual do jogo hahaha).
Menu fácil de entender e interação muito intuitiva, dispensando a necessidade de um tutorial.
Trilha Sonora e sons
As músicas são bem sutis e o jogo inteiro possui apenas um efeito sonoro.
Nos momentos de suspense (não diria que é exatamente um suspense, mas acho que é a palavra mais próxima do que quero dizer. Seria algo como momentos de apreensão, que dão a entender que algo inesperado pode ocorrer em seguida) a música muda para algo meio sinistro. Foi outro ponto que me lembrou o milk inside a bag of milk inside a bag of milk, pois soou de forma muito parecida.
Jogabilidade
Um jogo narrativo no qual você tem uma espécie de bichinho virtual e deve criá-lo.
Você pode demonstrar amor, indiferença ou desprezo, e dependendo da sua postura, Momo (o bichinho) irá reagir e crescer de uma determinada forma.
É bem interessante como o jogo consegue pincelar definições de inteligência artifial e machine learning ao descrever o comportamento dos monotypes, ao mesmo tempo que mescla isso com questões filosóficas, como o sentido da vida, o que é ser humano e como tudo o que fazemos causa uma reação a algo ou alguém.
Esse é o tipo de jogo para se jogar com calma, para digerir com atenção os diálogos e conseguir fazer comparações e metáforas.
É uma experiência bem puxada pra algo mais “cabeça”. Te induz a refletir.
Ao terminar uma run, a seguinte é como se fosse uma “segunda chance”. Você começa novamente, mas é como se o seu personagem carregasse no inconsciente a experiência anterior. Ao todo são 3 runs e em cada uma alguns acontecimentos mudam.
Momotype não possue slots para save, seu progresso é salvo automaticamente. Caso queira reiniciar a run, há uma opção de reset.
O jogo oferece suporte a joystick. Joguei com o do PlayStation 4 e não tive nenhum problema de incompatibilidade.
Uma coisa que eu não entendi foi o nome do jogo.
Os “bichinhos virtuais” se chamam monotype, o seu monotype se chama Momo e o jogo se chama Momotype. Achei isso bem confuso.
Replay e retenção
As três runs em sequência já são um bom motivo para você continuar a jogar e ver cada desfecho.
Mudar sua atitude com o Momo também interfere em como ele vai reagir, tentar diversas combinações vai ser algo que pode ajudar a aumentar o seu tempo dentro do jogo.
No geral, o jogo é bem curtinho. Em aproximadamente uma hora é possível ver todos os finais.
