Paradise Killer (Nintendo Switch)

Paradise Killer (Nintendo Switch)

Desenvolvedor: Kaizen Game Works
Distribuidora: Fellow Traveller
Lançamento: 04/Set/2020
Link: https://www.nintendo.com/games/detail/paradise-killer-switch/

Outras plataformas: PC.

A cada alguns milênios uma nova ilha surge, como se fosse uma fênix. A próxima ilha é Paradise 25 e ela foi projetada para ser perfeita. No entanto, um assassino surge e mata o Conselho que a governa.
Entre na pele de Lady Love Dies, mergulhe num universo onde humanos, deuses, dêmonios e alienígenas existem, investigue quem está por trás disso tudo e apresente todas as evidências que achar para executar o culpado no tribunal.

Paradise Killer é um jogo em primeira pessoa de exploração e investigação.

Considerações finais – Analisando a obra como um todo

Gráficos
Não sei se foi intencional, mas Paradise Killer tem uma aura muito forte de vaporwave. As cores e a estética lembram muito esse estilo e dão um grande charme ao jogo. Simultâneamente, é possível ver um toque pagão e sinistro em estátuas e alguns outros detalhes. A identidade visual é realmente bem única.

Os personagens que estão espalhados estão todos em 2D, parece que saíram do Paper Mario. Honestamente, achei estranho.
Durante os diálogos eles mudam algumas vezes de expressão/posição, mas infelizmente a variedade é pouca.
Achei muito criativo o concept de cada personagem, eles me lembram inimigos do Persona. Adorei!

UI e HUD
As opções e menu do jogo são bem entuitivos.
Há uma sessão com dicas de coisas que você precisa investigar e outra para todas as evidências achadas. Essas evidências são organizadas em pastas separadas por personagens e fatos. Bem metódico.

O mapa mostra a sua localização porém as áreas são muito extensas e isso me confundiu muito do começo até a metade do jogo. Essa localização é mais para saber a área que você está, não há detalhamento sobre qual caminho você deve seguir para ir para alguma outra região (prepare-se para se perder diversas vezes).

Trilha Sonora e sons
Eu amei a trilha sonora! Muito marcante, cheguei até a ouvi-la durante uma viagem que fiz no final do ano.
Assim como a estética, há músicas fortemente influenciadas por vaporwave.

Durante os diálogos, os personagens falam alguns jargões. Gostei muito pois isso ajudou cada um deles a ter uma personalidade bem única, reforçando a imersão do jogador na história.

Jogabilidade
A história é um tanto quanto complexa e num primeiro contato eu me senti muito perdida.
Não tive paciência de ficar toda hora lendo os detalhes das evidências e dos acontecimentos, então deixei muita coisa fluir sem me preocupar com os detalhes.
Conforme fui avançando, determinados fatos começaram a se tornar mais recorrentes e fazerem mais sentido para mim.

Apesar do mapa ser muito grande, há alguns telefones espalhados e através deles você pode salvar o seu progresso (há 3 slots para isso) ou mover-se para alguma região que tem outro telefone (mas você precisa desbloqueá-lo antes!).
A graça do jogo está exatamente no tamanho do mapa, isso vai fazer você ir e voltar diversas vezes em vários locais para procurar evidências ou contestar algo que alguém falou. O foco do jogo é na exploração e tem muitos locais escondidos.

Conforme você vai conversando com os personagens, você pode selecionar um diálogo para construir um “elo” com eles. Quando esse elo é maximizado, eles podem acabar soltando alguma informação ou lhe dar algum item de presente.
Eu achei essa métrica meio confusa, pois ela não é indicada por nenhuma barra ou pontos.
Aliás, devo acrescentar aqui que eu dormi com dois personagens (a protagonista é bissexual e foda-se, eu ia pegar todo mundo mesmo hahahaha) e cheguei até a achar que em algum momento poderia rolar algo mais voltado para um dating sim. Infelizmente não tem nada disso, mas isso não tira o mérito da complexidade da árvore de decisões do jogo.

Você não tem barra de vida nem armas. Paradise Killer é totalmente voltado para a narrativa!
É possível começar o julgamento a qualquer momento, mesmo com evidências faltando.

Replay e retenção
O que vai mudar no final são os personagens que você vai acusar e executar (sim, você será responsável por essa tarefa). Isso abre várias possibilidades, então minha recomendação é coletar todas as evidências e pensar com calma na hora do julgamento. Houve personagens que me deixaram muito na dúvida e acabei testando em julgamentos de saves diferentes só para ver no que ia dar.

Achei o jogo muito marcante, seja pelos personagens, músicas ou história.
Com certeza jogarei novamente no futuro.

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