Informações Técnicas

Desenvolvedor: Tuomo Laine
Distribuidora: Tuomo’s Games
Lançamento: 22/Out/2021
Steam: https://store.steampowered.com/app/1754760/Scarred_Stars_Traumatic_Edition/

Tem conquistas? Sim.
Tem cartas? Não.

O jogo se passa em 1985. Você controla Asuka, uma garota que tem uma amiga que sempre insiste para ela fazer coisas ruins. E a aventura do jogo começa com ela convencendo Asuka a entrar em um parque de diversões abandonado.

Considerações finais – Analisando a obra como um todo

Gráficos
Eu gostei muito da arte do jogo, os cenários, inimigos e objetos ficaram muito bem feitos.
Nenhum deles parece ter sido comprado de packs (e essa estética padrão de artes com o mesmo “template” é bem comum em joguinhos de RPG Maker, até mesmo quando a arte é original acaba parecendo que não é).

As poucas animações presentes são bem simples, mas por se tratar de um jogo feito em RPG Maker, não estava esperando por nada muito elaborado. Para a proposta da história, está bem ok.

UI e HUD
Há diversas opções de ajustes (gráfico, som, idioma, etc) no menu.
Para quem já está acostumado com jogos desse naipe, não tem novidade nenhuma. Para quem nunca jogou, acredito não oferecer nenhuma barreira pois as opções são bem claras.

Durante o gameplay é possível salvar e carregar o jogo a qualquer momento.
Há diversos slots de saves. Achei um pouco exagerado, devido ao tamanho do jogo.

Trilha Sonora e sons
A ambientação sonora está boa, mas a equalização default me incomodou bastante pois os ruídos dos inimigos estava altos demais. Entendo que a intenção disso é dar sustos no jogador, mas em para mim tornou-se bem incômodo. Eu acabei diminuindo os efeitos sonoros para ter uma experiência mais amigável.

O jogo recomenda utilizar um headphone, eu não utilizei e mesmo assim achei os sons e músicas imersivos.

Jogabilidade
Scarred Stars segue aquela formula de jogos narrativos feitos em RPG Maker, no qual você deve explorar o cenário, buscar por itens e usa-los nos locais corretos.

O jogo não possui combate nenhum, você deve fugir dos inimigos o tempo inteiro, meio pique Clock Tower. Há uma barra de hp e de sanidade e você deve mantê-las cheias para não morrer.
Você também tem uma barrinha de estamina, ao correr ela vai sendo consumida.
Achei a dinâmica de perseguição meio “travada”, é bem fácil conseguir fugir dos inimigos, nem chega a ser necessário correr, basta decorar os locais onde você consegue se esconder. O cenário é pequeno, então essa tarefa é realmente bem simples.
Se a sua preferência é por acompanhar a história, com certeza isso é um ponto positivo. Agora se você gosta do desafio de fugir de perseguições, acredito que irá se decepcionar.

Ao jogar esse jogo pela primeira vez, ele não carregou os gráficos (ficou aparecendo uma animação de loading que não sumia). Só funcionou quando eu testei em outra máquina.
Há também um pequeno slowdown na parte [ads_blur_spoiler]dos espinhos que surgem do chão[/ads_blur_spoiler]. Tirando esses 2 problemas (que para mim claramente tem relação com otimização e compatibilidade com placa gráfica), não me deparei com nenhum bug.

Os puzzles são bem intuitivos, com excessão do final. Só consegui fazer o bad ending :/

O jogo tem localização em português de portugal e todas as partes que se referrem a Momoko estão no masculino. Isso já me deu a deixa de que possivelmente o texto foi traduzido por um tradutor ou a pessoa que traduziu não estava a par do contexto do enredo do jogo.
Em algumas partes há comandos de quebra de linha misturados com texto. Faltou uma revisão, infelizmente.

Achei a história até que interessante, mas o andamento dela é bem genérico (basicamente você vai lendo fragmentos de textos deixados e ai fazendo a relação deles com a história de Asuka e sua amiga Momoko).

Replay e retenção
É um jogo simples, com uma história sem profundidade mas que entretem bem quem gosta de joguinhos de terror curtos.
Acredito que para quem gosta de jogos como Mad Father e Red Bow, esse trará diversão.