The Silver Case (PC)

The Silver Case (PC)

Desenvolvedor: GRASSHOPPER MANUFACTURE INC.
Distribuidora: GRASSHOPPER MANUFACTURE INC.
Lançamento: 6/out/2016
Steam: https://store.steampowered.com/app/476650/The_Silver_Case/

Tem conquistas? Sim.
Tem cartas? Sim.

Outras plataformas: PlayStation 4.

Esse jogo é um remake de Shiruba Jiken, lançado para PlayStation.

The Silver Case é uma visual novel de ficção científica e investigação criminal, com alguns puzzles e interações no meio da história.
Seu objetivo é investigar e caçar um famoso serial killer chamado Kamui Uehara. Porém, ninguém sabe ao certo quem (ou o que) ele é.

A história é contada pelo ponto de vista de duas pessoas: um investigador do departamento de crimes hediondos e um jornalista freelancer.

Considerações finais – Analisando a obra como um todo

Gráficos
Gostei muito do estilo de arte do jogo. O traço está mais puxado para o realismo e não possui nada de caricato.
A parte 3D é bem toscona, mas isso de forma alguma me incomodou.

Único pecado foi o redimensionamento de algumas ilustrações, que perderam qualidade e ficaram pixeladas.

UI e HUD
A história é contada por dois pontos de vista: Trasmitter (investigador) e Placebo (jornalista). Idealmente, você deve intercalar cada uma, conforme for avançando pois elas se complementam.
Porém o jogo em nenhum momento te explica isso, deixando qualquer jogador novato vulnerável ao erro de jogar os capítulos do Transmitter de uma vez (que foi exatamente o que acabei fazendo até o capítulo 2).
Na realidade eu sequer notei que havia um grupo de capítulos complementares e culpo a decisão de UI por não deixar isso visualmente claro.

Durante os diálogos nem sempre dá para saber pela ilustração quem é o personagem que está falando e para piorar, o nome dele aparece por 1 segundo numa bosta de fonte que não dá para ler porra nenhuma direito. Os diálogos por si só já são meio confusos, essa falta de clareza visual agrava mais ainda.

O que salva a UI mal planejada é o design diferentão, que exibe as ilustrações e a caixa de texto em locais não fixos, além de sempre mudar o background a cada capítulo. Isso traz um certo dinamismo para a leitura e aumenta a imersão do jogador.

Trilha Sonora e sons
Confesso que gostei bastante das músicas e até mesmo o som de que toca ao finalizar o dia do personagem tornou-se uma marca desse jogo na minha mente.
As músicas não são inesquecíveis mas são agradáveis.

Infelizmente o jogo não possui nenhuma voz interpretando os diálogos dos personagens.

Jogabilidade
Todo mundo fala super bem desse jogo e eu fiquei bem hypada para conhecer.
Porém, está anos luz de ter a genialidade que tantos pregam!
Considerando a história e narrativa, é um jogo extremamente MEDIANO. Mas com um game design PÉSSIMO!
Eu como amante de jogos narrativos e de investigações criminais digo com bastante pesar que essa obra é um jogo ruim. :/

Cada capítulo você vai investigar uma ocorrência e eventualmente vai ter uma coisinha ou outra sobre o serial killer que é o centro da história. O foco só vai ficar nele no final do jogo, até lá é só enrolação.
Inúmeras vezes a narrativa fica extremamente vaga e confusa, sempre te despertando a dúvida sobre o que ocorreu pois nunca afirma nada explicitamente. E não é possível reler os diálogos, então você sempre vai ficar se questionando se realmente entendeu o que aconteceu.

Eu realmente tive que fazer um esforço sobrenatural para conseguir me manter interessada, o jogo é entediante e na maioria das vezes o sono vencia essa batalha.
Ok, houve trechos que a história ficava boa e me empolgava! Mas aí o capítulo acabava e tudo ficava morno novamente…
Eu tive que recorrer a explicações sobre a história do jogo, pois é bem complicado entender os fatos como são expostos. As informações são exibidas de uma forma confusa e quando você chega até a informação final e percebe o quão simplista e sem graça ela é, fica se questionando se realmente entendeu o que aconteceu, se não deixou algo importante passar despercebido.

Acha que não pode piorar? Pode sim! O único momento que você pode fazer escolhas é para resolver os puzzles (que são confusos, você vai ter que recorrer a um detonado para finalizar alguns). Se não fosse pelos puzzles e pelos poucos momentos em que você caminha pelo cenário, The Silver Case seria apenas uma kinetic novel.
No capítulo 5 há vários momentos que você tem que ficar andando igual um imbecil, assistindo cgs do seu personagem se movendo igual uma lesma. Haja paciência para tanta enrolação!

Aí chega no final do jogo e você se depara com um plot twist de ficção científica bem merda.
E olha, eu já joguei muitos jogos com histórias bobas, mas com um enredo envolvente e bem feito que fazia o mais clichê dos contos ficar legal!

Se você de fato ama visual novels ou jogos de investigação criminal, nem perca seu tempo jogando The Silver Case. Para quem ainda é novato nesses estilos, talvez tenha algum apelo, pareça inovadora e surpreendente.

Replay e retenção
O que me segurou no jogo foi a esperança da história e da narrativa melhorarem. E não melhorou, infelizmente.
Diversas vezes o desinteresse ganhava espaço e esse é motivo pelo qual não consegui finalizar o jogo de uma vez só. Eu sempre jogava, parava e retomava dias (meses…) depois.

Talvez se eu jogar de novo no futuro, veja tudo com novos olhos.
Acho que o que pode ter estragado a minha experiência foi a expectativa por algo incrível e genial, quando no fundo tudo não passa de um jogo com diversos problemas causados pela inexperiência de seus desenvolvedores.

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